Modalidade está presente em onze unidades do Estado de São Paulo.
Por: Comunicação Regional
08/05/202412:03- atualizado às 14:58 em 08/05/2024
O futebol feminino vem sendo destaque no Sesi Mauá desde o final do ano passado, quando sua primeira turma foi apresentada em um evento que contou com presença de autoridades do ABC paulista e homenagens à Stella Terra, ex-jogadora da Seleção Brasileira Sub-20 e atual do Bragantino. Desde então, a unidade vem registrando grande procura pela modalidade. Já são 186 meninas matriculadas no projeto, que já conta com treinamento esportivo e disputas na Liga SESI-SP.
No comando da equipe está a treinadora Flávia Massagardi, ex-aluna do Sesi Mauá nas décadas de 80 e 90, e frequentadora constante das quadras do Clube quando criança. A profissional, de 42 anos, é formada em Educação Física com especialização em futebol e futsal, tendo em seu currículo uma vasta experiência atuando em equipes masculinas e como técnica do futebol feminino do Sesi Mauá, anteriormente.
Melissa avalia sua própria evolução na modalidade
Toda essa estratégia está proporcionando às meninas realmente vivenciarem a prática esportiva e os diferentes níveis de competições. Aluna do Sesi Mauá, Melissa Lima Vieira, de 11 anos, vibra com a evolução das mulheres na modalidade e com seu próprio desempenho e dedicação. “Eu entrei porque eu sempre achei esse esporte muito legal, meu pai sempre jogou bola aos domingos e eu sempre quis participar. Acredito que, para uma pessoa que mal sabia as regras quando entrou, tenho evoluído e aprendido muito”, diz. A colega Júlia da Mata Araújo, de 12 anos, também comenta a sensação de jogar futebol na unidade e a evolução que todas estão tendo desde que as aulas começaram. “É um esporte que eu já gostava, porém não sabia muita coisa, então agora eu acho que estou melhorando bastante e aprendendo cada vez mais”, afirma Júlia.
Júlia e a paixão pelo futebol transformada em aprendizado
A iniciativa de incluir a modalidade no Sesi também está sendo muito positiva na visão dos pais. Pamella Motta Pinto, mãe da aluna Raphaela Motta de Oliveira, parabeniza o projeto. “A iniciativa do futebol feminino é sensacional! Enfrentávamos uma grande dificuldade em encontrar um local destinado ao treinamento feminino aqui na cidade, já acompanhava as redes sociais do Sesi, e assim que tive conhecimento já fomos nos informar. Minha filha está desde o início do programa, e temos todos os motivos para sentir gratidão a tudo, desde a organização, cuidado com as meninas e dedicação. Hoje, o Sesi faz parte da nossa rotina além do futebol, temos amigos, curtimos momentos de lazer, tudo iniciado pelo projeto do futebol feminino”, vibra Pamela.
Futebol Feminino no Sesi
Desde agosto de 2023, o SESI-SP busca auxiliar no incentivo e investimento na formação esportiva do futebol feminino por meio do Programa Atleta do Futuro – PAF. A modalidade está presente em onze polos diferentes espalhados pelo Estado, com aulas gratuitas divididas de acordo com a faixa-etária.
O projeto tem como objetivo contribuir para a promoção da equidade de gênero, a valorização da mulher e a ampliação da gama de possibilidades de atuação com o esporte feminino, além de democratizar o acesso a modalidade e fazer um trabalho a longo prazo, desde a formação inicial até a profissionalização.
Atualmente, o projeto soma 1642 alunas, incluindo as 348 que participam do desenvolvimento do Treinamento Esportivo, cujo objetivo é aperfeiçoar as capacidades esportivas para fins competitivos. Toda estrutura utilizada é custeada pelo Sesi-SP: uniforme, chuteira, lanches, viagens. Para 2025, as equipes que se destacarem vão jogar nas categorias de base da Federação Paulista de Futebol.
Brasil
O futebol feminino possui suas primeiras referências históricas de partidas de futebol disputadas por mulheres nos anos 20. Os registros de jornais mostram a prática, ainda de forma muito tímida,?no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte. A modalidade era até então tratada com descaso e chegou a ser apelidada de circo, devido a algumas pessoas entenderem que aquilo não se tratava de uma partida de futebol e sim de um “show”.
Apenas em 1983 a modalidade foi regulamentada. Com isso, foi permitido que se pudesse competir, criar calendários, utilizar estádios, ensinar nas escolas. Clubes como o Radar e Saad surgiram como pioneiros no profissionalismo. Eram alguns dos times competitivos da época. Cinco anos depois, a FIFA realizou o primeiro mundial de futebol feminino da história, na China e mais tarde, em 1996, ocorreram as primeiras aparições da categoria nos Jogos Olímpicos, com o Brasil terminando na quarta colocação.
Serviço:
As inscrições para o futebol feminino do Programa Atleta do Futuro (PAF) podem ser realizadas diretamente em um dos 11 Centros de Atividades do SESI-SP: Campinas, Itu, Jaú, Limeira, Rio Claro, São Carlos, Matão, Tatuí, Santos, Osasco e Mauá.