Estudos sugerem que a atividade física regular pode ajudar a manter e melhorar as funções cerebrais em idosos saudáveis e também naqueles com dano cognitivo.
Por: Emerson de Souza Machado | Professor de Atividades Esportiva
04/11/202010:08- atualizado às 10:08 em 04/11/2020
Sabemos que hábitos saudáveis contribuem significativamente para melhor qualidade de vida dos idosos. Mas afinal, é possível chegar na terceira idade esbanjando saúde?
Sim, é possível e a prática de atividade física contribui muito para atingir esse objetivo. Prevenção de perda óssea, manutenção do tônus muscular, melhora do sistema cardiorrespiratório, regulação da glicemia, colesterol e triglicerídeos, são alguns dos benefícios advindos da prática de exercícios físicos.
Com o passar dos anos a população sofre perda de massa muscular e óssea, podendo ser agravada com a chegada da terceira idade.
A proporção da população com mais de 60 anos está aumentando progressivamente tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.
Em 1985, a população de 65 anos correspondia a 12%, com aumento esperado para 1995 de 10,6% e para 2010 de 37%. Este fato é claramente observado quando comparamos a expectativa de vida em diferentes países do mundo.
Esse crescimento é reflexo do aumento gradual da longevidade, juntamente com as diminuições das taxas de natalidade e mortalidade. A população norte-americana de indivíduos com 65 anos de idade ou mais deverá aumentar de 43 a 92 milhões, até o ano de 2060.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de crianças com até 14 anos, já em 2030 e, em 2055, a participação de idosos na população total será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos.
A população idosa deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. No período, a expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos.
O processo de envelhecimento está associado a alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como ao surgimento de doenças crônico-degenerativas, advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ausência de atividade física regular, dentre outros).
É importante ressaltar que o consumo de frutas e vegetais, e a atividade física regular, estão entre os fatores protetores. Outro forte aliado a manutenção da saúde tem sido a prática de atividade física regular.
Estudos sugerem que a atividade física regular pode ajudar a manter e melhorar as funções cerebrais em idosos saudáveis e também naqueles com dano cognitivo.
O aumento do risco de comprometimento cognitivo tem sido associado a fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica, diabetes descontrolado, hiperinsulinemia e níveis elevados de marcadores inflamatórios. Esses fatores podem ser atenuados por meio de atividade física regular.